domingo, 29 de abril de 2012

Cordialidades da vida




(...) a vida nos relaciona como em uma cordialidade reversa..
Direcionando nossos alvos, ideias e até mesmo sonhos para o oposto.

Deixando um modelo obscuro de incerteza vagando pelo deserto,
Então esperamos encontrar a paz no fictício horizonte calmo
E no calor absurdo que a alma instiga tudo se aproxima do nada,
Nos vemos sem rumo, indecisos, ofuscados e reprimidos,
Distanciando e não exaltando o que parece ser plausível.

Até então que;

Indagamos o que no deserto se encontra, elevamos nossa fronte
E olhamos para um horizonte já não cheio das incertezas,
Já não cheio do nada como antes,
Vemos a esperança cansada da mesmice,
Mesmice encontrada na rota mais próxima das incertezas
Vemos o calor se evaporar rumo ao coração
E nas nuvens das lembranças encherem os olhos de lágrimas.

Vemos o corpo por si próprio deparar-se em um instante inerte,
De repente tudo para! O olhar, o coração e por frações de segundos a vida se refaz.
Anulando o que a dinâmica da tristeza e das magoas causaram ao físico,
Vemos o refrigério chegar junto ao fôlego com objetivo proposital,
Vemos tudo novamente se recompor,
Em partes pré-definidas e outras ausentes do agora,
Onde somente o tempo mostrará seu desfecho.

O que a dúvida dividia não mais se divide,
Muito menos subtraem da vida lembranças felizes
Assim completamos as etapas da vida...

Assim somos, por ontem, por agora, por amanhã,
Um emoldurado ser com princípio, meio e fim...


By Weverton Nelluty

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